sábado, 31 de dezembro de 2011

Amanhecer de 2012 - by Mah Prem Chandira

A Lua Nova espia a passagem de mais um ano...
Pois, ao eclodir a Lua Crescente,
Com ela desabrocharão
a harmonia e o amor
ocultos e protegidos
pelas vestes da alma imortal.

Guru Ram Das
Kim Robertson e Singh Kaur - Série Crimson

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Para minhas crianças

Em um instante
A mente teima
Em se perder
No passado tumular.

Mas, o futuro
Escava um espaço
No ritmo acelerado
Do coração.

E a esperança
Na inocência do ser
Emerge tal qual criança
No útero da vida.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Mais Novo Integrante dos X-Men: Volverock

OU
Como um astro conseguiu brilhar, apesar de suas 2 fãs bem-intencionadas mas atrapalhadas...


sábado, 26 de novembro de 2011

E Assim Falava Richard Bach

(Manuscrito inicial do livro Ilusões - As Aventuras de um Messias Indeciso)

Houve um Mestre que veio à Terra, nascido na terra santa de Indiana, criado nos montes místicos depois de Fort Wayne. O Mestre aprendeu sobre este mundo nas escolas públicas de Indiana e, ao crescer, em seu ofício de mecânico de automóveis. Mas o Mestre conhecia outras terras e outras escolas, de outras vidas que tinha vivido. Lembrava-se disso, e, lembrando-se, tornou-se sábio e forte, de modo que outros viram a sua força e o procuraram, em busca de conselhos. O Mestre acreditava que tinha o poder de ajudar a si mesmo e a toda a humanidade, e, acreditando, assim era para ele, de modo que outros viram o seu poder e o procuraram para se curar de seus problemas e suas doenças.

O Mestre acreditava que todo homem deve considerar-se filho de Deus, e, acreditando, assim era, e as oficinas e garagens em que trabalhava se apinhavam com aqueles que procuravam a sua sabedoria e o contato com ele, e as ruas de fora ficavam cheias daqueles que desejavam apenas que a sombra de sua passagem pudesse cair sobre eles, modificando suas vidas. Aconteceu, por causa da multidão, que os vários contra-mestres e chefes de oficina pediram ao Mestre que largasse as ferramentas e seguisse o seu caminho, pois havia tanta gente em volta dele que nem ele nem os outros mecânicos conseguiam trabalhar nos automóveis. E assim foi que ele seguiu para os campos, e os que iam com ele começaram a chamá-lo de o Messias, o que operava milagres, e, como eles acreditavam, assim era. Se sobreviesse uma tempestade, enquanto ele falava, nem uma gota tocava a cabeça de seus ouvintes, o último da multidão ouvia suas palavras tão claramente quanto o primeiro, mesmo que houvesse raios ou trovões no céu. E sempre lhes falava em parábolas. E lhes disse: "Dentro de nós está o poder de nosso consentimento para a saúde e a doença, a riqueza e a pobreza, a liberdade e a escravidão. Somos nós que controlamos isso, e não os outros." Um moleiro disse: "Essas palavras são fáceis em tua boca, Mestre, pois és guiado como não somos nós, e não precisas trabalhar como trabalhamos. O homem tem de trabalhar para ganhar a vida neste mundo." O Mestre respondeu: "Uma vez havia uma aldeia de criaturas no fundo do leito de um grande rio cristalino. "A corrente do rio passava silenciosamente por cima de todos eles, jovens e velhos, ricos e pobres, bons e maus, a corrente seguindo o seu caminho, só conhecendo o seu próprio ser cristalino. "Cada criatura, a seu modo, se agarrava fortemente às plantas e pedras do leito do rio, pois agarrar-se era o seu modo de vida, e resistir à corrente era o que cada um tinha aprendido desde que nascera. "Mas uma das criaturas disse, por fim: `Estou farto de me agarrar. Embora não possa ver com meus próprios olhos, espero que a corrente saiba para onde está indo. Vou soltar-me e deixar que ela me leve para onde quiser. Se me agarrar, morrerei de tédio.' "As outras criaturas riram-se e disseram: `Louco! Se você se soltar, essa corrente que você adora o lançará despedaçado sobre as pedras e sua morte será mais rápida do que a causada pelo tédio!'

Mas aquele não lhes deu ouvidos e, respirando fundo, soltou-se, e imediatamente foi lançado e despedaçado pela corrente sobre as pedras! "Mas com o tempo, como ele se recusasse a tornar a se agarrar, a corrente o levantou, livrando-o do fundo, e ele não se machucou nem se magoou mais. "E as criaturas mais abaixo no rio, para quem ele era um estranho, exclamaram: `Vejam, um milagre! Uma criatura como nós, e no entanto voa! Vejam, é o Messias que chegou para nos salvar!' "E aquele que foi carregado pela corrente disse: `Não sou mais Messias do que vocês. O rio tem prazer em nos erguer à liberdade, se ousarmos nos soltar. O nosso verdadeiro trabalho é essa viagem, essa aventura.' "No entanto, cada vez exclamavam mais `Salvador!', enquanto se agarravam às pedras; quando tornaram a olhar, ele se fora, e eles ficaram sozinhos, inventando lendas sobre um Salvador." E quando viu que a multidão cada vez o seguia mais de perto, mais terrível do que nunca, quando viu que insistiam para que ele os curasse sem descanso, e sempre os alimentasse com seus milagres, e aprendesse por eles e vivesse suas vidas, foi sozinho para o topo de um morro e rezou. E disse em seu íntimo, Ser Infinito Radioso, Se for a tua vontade, deixa que esta taça passe de minhas mãos, deixa-me pôr de lado esta tarefa impossível. Não posso viver a vida de uma outra alma, no entanto dez mil me imploram a vida. Sinto ter permitido que tudo isso acontecesse. Se for a tua vontade, deixa-me voltar aos motores e às ferramentas e viver como os outros homens. E uma voz lhe falou no topo do morro, uma vez que não era de homem nem de mulher, nem forte nem fraca, uma voz infinitamente bondosa, que lhe disse: "Não a minha vontade, mas a tua seja feita. Pois o que for a tua vontade será a minha vontade para ti. Segue o teu caminho e sê feliz na terra." E ao ouvir aquilo o Mestre alegrou-se, deu graças e desceu de cima do morro cantarolando uma cançãozinha de mecânico. E quando a turba o atormentava com seus males, implorando que os curasse, aprendesse por eles, os alimentasse constantemente com sua compreensão e os divertisse sempre com suas maravilhas, ele sorriu para a multidão e disse amavelmente: "Eu desisto.". Por um momento a multidão ficou muda de espanto.

E ele lhes falou: "Se um homem dissesse a Deus que o que queria mais que tudo era auxiliar o mundo sofredor, fosse qual fosse o preço para si, e Deus lhe respondesse o que devia fazer, o homem deveria fazer o que lhe era ordenado?" "Pois claro, Mestre!" exclamaram. "Devia ser para ele um prazer sofrer as torturas do próprio inferno se Deus lha pedisse!" "Não importa quais fossem essas torturas, nem a dificuldade da tarefa?" "Seria uma honra ser enforcado, uma glória ser pregado a uma árvore e queimado, se fosse isso que Deus pedisse", disseram eles. "E o que fariam vocês, perguntou o Mestre à multidão, se Deus lhes falasse diretamente, em pessoa, e dissesse: ‘ORDENO QUE SEJAS FELIZ NO MUNDO, ENQUANTO VIVERES.’ O que fariam então?" E a multidão calou-se e nem uma voz ou som foi ouvido sobre os morros e pelos vales. E o Mestre disse: "No caminho de nossa felicidade encontraremos o conhecimento para o qual escolhemos esta vida. É assim que aprendi hoje e prefiro deixá-los agora para seguirem o seu caminho." E seguiu o seu caminho no meio da multidão e voltou ao mundo dos homens e dos motores.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sobre a Ética

Demócrito de Abdera afirmava que, ao buscarmos ser felizes, devemos fazer poucas coisas a fim de que o que fizermos não ultrapasse nossas forças e não nos leve à inquietação. Dizia que "é sábio quem não se aflige com o que lhe falta e se alegra com o que possui" e que "a moderação aumenta o gozo e acresce o prazer". Afirmava que a agressividade é insensata porque "enquanto se busca prejudicar o inimigo, esquecemos o nosso próprio interesse".

Espinoza, em sua obra Ética, afirma que a felicidade consiste em compreender e criar as circunstâncias que aumentem nossa potência de agir e de pensar, proporcionando o afeto de alegria e libertando-nos das determinações alheias (paixões), isto é, afirmando a necessidade de nossa própria natureza (conatus). Unicamente a alegria nos leva ao amor ("alegria que associamos a uma causa exterior a nós") no cotidiano e na convivência com os outros, enquanto a tristeza jamais é boa, intrinsecamente relacionada ao ódio ("tristeza que associamos a uma causa exterior a nós"). A tristeza sempre é destrutiva. Espinosa dizia, quanto aos dominados pelas paixões: "Não rir nem chorar, mas compreender."

sábado, 2 de abril de 2011

Vida Secas e Morte Severina

Senhor do meu coração:
Dai-me força para conseguir mudar todas as coisas que eu posso mudar...
Dai-me paciência para suportar as coisas que eu não posso mudar...
E, sobretudo, dai-me sabedoria para discernir o momento de usar uma ou outra.




"NO MEU FUNERAL - by Rumi

No dia em que levarem meu corpo morto

não penses que meu coração ficará neste mundo.

Não chores por mim, nada de gritos e lamentações

lembra que a tristeza é mais uma cilada do demônio.


Ao ver o cortejo passar, não grites: "ele se foi"!

Para mim, será esse o momento do reencontro.

E quando me descerem ao túmulo, não digas adeus!

A sepultura é o véu diante da reunião no paraíso.


Ante a visão do corpo que desce

pense em minha ascensão.

Que há de errado com o declínio do sol e da lua?

O que te parece declínio é tão somente alvorada.


E ainda que o túmulo te pareça uma prisão,

é ele que liberta a alma:

toda semente que penetra na terra germina.

Assim também há de crescer a semente do homem.


O balde só se enche de água

se desce ao fundo do poço.

Por que deveria o José do espírito

reclamar do poço em que foi atirado?


Fecha a tua boca deste lado

e abre-a mais além.

Tua canção triunfará

no alento do não-lugar."

domingo, 9 de janeiro de 2011

Eu sou Eu - Você é Você

Eu não estou neste mundo para satisfazer às suas expectativas.
Você não está neste mundo para satisfazer às minhas.
Eu faço as minhas escolhas.
Você faz as suas.
Se, por acaso nos encontrarmos, ai que bom que isso há de ser...
Senão, que se há de fazer!

Friederich Perls - Holismo psicológico

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

UM LIVRO...

...aberto é um cérebro que fala; ...fechado, um amigo que espera;
...esquecido, uma alma que perdoa; ...destruído, um coração que chora. - R. TAGORE