domingo, 12 de fevereiro de 2012

Universo

O Universo
É Uni verso.
É verso do Uni.
Plenitude... Em verso do Um!

O Todo em tudo está!
Mas nem tudo percebe o Todo.
O verso pode não perceber o Uni,
Mas o Um faz o verso no Todo.
Ele escreve no tecido cósmico
Com as letras das estrelinhas.
Ele é o Sol dos sóis.
Na vida cósmica, o Uni verso!

Nos sonhos do Todo,
O Multiverso.
Em cada ser, o verso
Escrito pelo Um em todos!

Na Multiverso, um show de versos.
Tantos planos e dimensões,
Tantos seres e estrelas,
Tudo verso desse Um.

Em cima e embaixo, à esquerda e à direita,
Na frente e atrás, versos...
Seres vivos, formados nas estrelas...
Versos do Um, escritos nos céus.

Quantas saudades das estrelas!
Lembranças de outros versos,
E de antigos colóquios com os sóis,
Versos nucleares do Um em fogo.

Quantas saudades dos irmãos siderais,
Versos do Todo em outros orbes.
Versos-Irmãos do fogo estelar
Que crepita junto - no coração do Um!

Não parece, mas estamos juntos!
Os versos são do Uni.
Universo... Uni verso.
Tudo é Um!

Estrelas e homens, versos vivos...
Forjados no fogo que crepita
No coração da vida universal.
Todos somos Um!

O Uni... Os versos... Os seres...
As estrelas e os homens... Fogos vivos.
O Multiverso, a interdimensionalidade...
O Um em tudo!

O Todo é!
Em tudo.
O Uni verso
Verso do Todo em nós!

Wagner Borges – eterno neófito do Todo...


Extraído de: http://www.stum.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=11752

Magnificat - by Fernando Pessoa

Quando é que passará esta noite interna, o universo,

E eu, a minha alma, terei o meu dia?

Quando é que despertarei de estar acordado?

Não sei. O sol brilha alto,

Impossível de fitar.

As estrelas pestanejam frio,

Impossíveis de contar.

O coração pulsa alheio,

Impossível de escutar.

Quando é que passará este drama sem teatro,

Ou este teatro sem drama,

E recolherei a casa?

Onde? Como? Quando?

Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo?

É esse! É esse!

Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei;

E então será dia.

Sorri, dormindo, minha alma!

Sorri, minha alma, será dia !


ÁLVARO DE CAMPOS (FERNANDO PESSOA)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Salvem o Brasil!


"Há homens que lutam um dia e são bons,
há outros que lutam um ano e são melhores,
há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda a vida
e estes são imprescindíveis."
(Bertold Brecht)



O povo brasileiro, em tese, é pacífico. Reclama, reclama, e deixa pra lá por um tempo.

Ele gela o sangue nas veias, para guardar energia e ir atrás de comida e remédio.

Mas o gelo queima, tal qual o fogo, quando é excessivo.

E, então, entram os bombeiros em cena para nos aquecer, antes que se morra de hipotermia.

Neste momento, eles estão tentando avivar o fogo da Nação, para contaminar outros milhões de brasileiros que sofrem como eles, no dia a dia, de miséria.

E, depois de várias tentativas de negociação sobre as suas condições, quando ameaçam paralisação no trabalho, são alvejados por estratégias ditatoriais onde se divulgam gravações pessoais na mídia.

(>Será que foi reativado o antigo SNI? Gravações sobre estratégias de políticos também serão gravadas a partir de agora?)

A maioria da população, que só vê o que a Globo quer (inclusive Big Brother), se inflama pela violência sugerida nas gravações e pensa no Carnaval que não vai acontecer, por causa daqueles...

No mínimo, um minuto de consideração devemos a estes bravos profissionais que, simplesmente pelo seu perfil, arriscam sua vida todos os dias por nós. E que protegem nossas vidas, apesar de nós mesmos.

É tão difícil ver realmente o que acontece na nossa casa, o Brasil?

Talvez seja só a ponta de um iceberg. E se não prestarmos atenção, como os donos do Titanic, nosso destino poderá ser o mesmo.

(>E haverá ainda Guarda-Vidas para nos salvar?)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Homines sunt nomine, non re

Homens somente no nome,

São restos esquálidos de carne.

Marcham como soldados da morte,

Com o balançar frenético

Dos braços característicos

1, 2... 1,2... 1,2

Um passo, depois do outro,

E já vai o outro também.

Rápido, rápido, rápido!


Perfazem uma linha imaginária

Sem se desviar

Com os olhos focados em quem

detém o objeto da fissura.


Com a boca sedenta pelo vício

A mão em garra se apronta

para apanhar o Crack

E fazer a alma se contorcer

E sumir mais um pouquinho...