"A boa pintura aproxima-se de Deus e une-se a Ele... Não é mais do que uma cópia das suas perfeições, uma sombra do seu pincel, sua música, sua melodia... Por isso não basta que o pintor seja um grande e hábil mestre de seu ofício. Penso ser mais importante a pureza e a santidade de sua vida, tanto quanto possível, a fim de que o Espírito Santo guie seus pensamentos..." MICHELANGELO (1475-1564)
No excelente artista não há um só conceito Que um mármore em si não abranja Com o seu supérfluo; e aquele só alcança A mão que obedece ao intelecto.
O mal que evito e o bem que a mim prometo, Em ti, formosa dama, altiva e diva, É oculto; e porque eu mais não viva, Contrária tem a arte ao desejado efeito.
Amor então não é, nem tua beldade, Rudeza ou fortuna, ou grande desdenho, Do meu mal a culpa, ou meu destino ou sorte.
Se em teu coração morte e piedade Residem juntos, e se meu pouco engenho Não sabe, ardendo, subtrair senão a morte.
(Este soneto de MICHELANGELO, sem título, faz parte de um grupo de três poemas, relacionados pelo tema, e dedicados a Vittoria Colonna. Foi datado, por Gilardi, como tendo sido composto em c.1538-1541 a 1544.)
"A boa pintura aproxima-se de Deus e une-se a Ele... Não é mais do que uma cópia das suas perfeições, uma sombra do seu pincel, sua música, sua melodia... Por isso não basta que o pintor seja um grande e hábil mestre de seu ofício. Penso ser mais importante a pureza e a santidade de sua vida, tanto quanto possível, a fim de que o Espírito Santo guie seus pensamentos..." MICHELANGELO (1475-1564)
ResponderExcluirNo excelente artista não há um só conceito
ResponderExcluirQue um mármore em si não abranja
Com o seu supérfluo; e aquele só alcança
A mão que obedece ao intelecto.
O mal que evito e o bem que a mim prometo,
Em ti, formosa dama, altiva e diva,
É oculto; e porque eu mais não viva,
Contrária tem a arte ao desejado efeito.
Amor então não é, nem tua beldade,
Rudeza ou fortuna, ou grande desdenho,
Do meu mal a culpa, ou meu destino ou sorte.
Se em teu coração morte e piedade
Residem juntos, e se meu pouco engenho
Não sabe, ardendo, subtrair senão a morte.
(Este soneto de MICHELANGELO, sem título, faz parte de um grupo de três poemas, relacionados pelo tema, e dedicados a Vittoria Colonna. Foi datado, por Gilardi, como tendo sido composto em c.1538-1541 a 1544.)