"I'm nobody! Who are you? Are you nobody, too? Then there's a pair of us - Don't tell! They'd banish us, you know." EMILY DICKINSON
sábado, 30 de setembro de 2006
Quase...
Ainda pior que a convicção do não,
é a incerteza do talvez,
é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata trazendo tudo
que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades
que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância
e na frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "bom dia",
quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem
até para ser feliz.
A paixão queima,
o amor enlouquece,
o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos
para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.
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Talvez o motivo seja um "quase" medo de não ser completamente amado. Um quase medo de ser rejeitado ou incompreendido a qualquer momento. Um quase medo de não ser suficiente.
ResponderExcluirAnyway...
Há que se considerar que as escolhas que fazemos geram resultados...
Podemos agir de maneira intrépida e correr todos os riscos, podendo (ou não) saborear algum momento de pura emoção e coragem.
Podemos por exemplo roubar um beijo que valerá pela vida inteira, se descobrirmos (sentirmos) quanta cumplicidade havia neste ato.
Ou podemos passar a vida como covardes sem tentarmos nada do que não sabemos por medo da dor e presos aos nossos "serás..." conseqüentemente nos frustraremos por não termos tentado, ou ainda podemos viver uma vida morna, que não vai e nem fica e que acabará nos levando a um imenso vazio e depois a uma imensa e dilacerante ferida interna.
A vida vai, o tempo passa e a necessidade da mudança mais uma vez se faz presente no coração do homem que sempre acredita no amor.
Mas vai em frente com esse seu coração, com seu jeito de ser que mais acredita ter beleza e força em si. E independentemente da escolha, desapegue-se da expectativa do resultado, essa parte não pode ser controlada por nós...(graças a vida).
Se tentarmos controlar os resultados a qualquer custo, sem dúvidas sofreremos.
A vida é a emoção que VOCÊ está vivendo AGORA.
Ela também pode ser um aprendizado doloroso.
Mas sempre está carregada de emoções e significados que podem fazer total diferença, no futuro, na qualidade de sua felicidade.
Apenas Seja.
Ou não seja... :)
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